A incontinência urinária é um problema comum entre as mulheres, na menopausa. De acordo com dados recentes, a incontinência urinária afeta as mulheres duas vezes mais do que os homens. Esta condição ocorre em cerca de 20-30% das mulheres jovens, 30-40% na meia-idade e até 50% das mulheres na velhice.
Podemos destacar diferentes causas da incontinência urinária em mulheres na pós-menopausa, incluindo a atrofia vaginal, o enfraquecimento dos músculos pélvicos e o aumento da pressão intra-abdominal.
Com a baixa do hormônio na fase da menopausa, os tecidos vaginais tornam-se menos elásticos, o revestimento da uretra fica mais fino e o assoalho pélvico (conjunto de músculos que sustenta vários órgãos, entre eles a uretra e a bexiga), enfraquece.
A perda involuntária de urina causada pela perda do controle da bexiga pode ser um desafio para a saúde física e emocional, afetando negativamente muitos aspectos da vida:
- Queda da produtividade
- Limitações na prática de atividades físicas
- Prejuízos à vida íntima
Felizmente existem tratamentos eficazes disponíveis.
Aqui estão algumas dicas para tratar a incontinência urinária na menopausa.
Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico
Existem inúmeros relatos científicos que indicam a eficácia da fisioterapia no tratamento da incontinência.
Os exercícios de Kegel são uma das melhores maneiras de tratar a incontinência urinária na menopausa. Eles ajudam a fortalecer os músculos do assoalho pélvico, melhorando o controle da bexiga.
Mudanças de estilo de vida
Algumas mudanças simples no estilo de vida, como evitar bebidas estimulantes (café, álcool), controle de peso e o uso do banheiro regularmente (não esperando muito tempo para urinar), podem ajudar a tratar a incontinência urinária.
Terapia hormonal
A terapia hormonal pode ser uma opção segura e eficaz para tratar a incontinência urinária na menopausa.
Ela ajuda a restaurar os níveis hormonais, melhorando o controle da bexiga.
Terapia comportamental0613
A terapia comportamental pode incluir treinamento de bexiga, terapia cognitivo-comportamental e terapia comportamental da dor.
Estas terapias auxiliam no tratamento da incontinência urinária na menopausa, ajudando a controlar os padrões de bexiga e a lidar com o estresse e a ansiedade relacionados ao problema.
Cirurgia
Em casos graves de incontinência urinária na menopausa, quando o tratamento conservador não traz resultados positivos, a cirurgia pode ser uma opção.
Existem diversas técnicas cirúrgicas diferentes, a escolha do método é individualizada e é sempre selecionada pelo médico conforme as necessidades de cada paciente.
Radiofrequência
A radiofrequência é uma alternativa de tratamento em mulheres que sofrem de incontinência urinária de esforço, quando a perda involuntária de urina acontece ao tossir, espirrar, rir, levantar objetos pesados ou praticar exercícios físicos.
Ela é uma técnica não cirúrgica e não ablativa, aplicada no tecido vaginal e uretral, aquecendo-o e estimulando a produção de colágeno.
Com o aumento da produção de colágeno, há uma melhora da capacidade de suportar a pressão intra-abdominal e reduzir, assim, a incidência de incontinência urinária de esforço.
A incontinência urinária na menopausa pode ser um desafio, mas felizmente existem tratamentos eficazes disponíveis para prevenir e tratar o problema.
Converse com seu médico para saber qual é o melhor tratamento para você. Lembre-se de que você não está sozinha e que há ajuda disponível.
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